Testamos o Zenfone 2, o novo celular potente da Asus

Por CompartilharnaRede

BARCELONA - Se você perguntasse quem era a Asus no mercado de smartphones brasileiro há dois anos, a resposta provavelmente seria “ninguém”. Hoje, é impossível negar o impacto positivo do Zenfone 5 na reputação da empresa, oferecendo um custo-benefício superior à média do mercado. Sua sequência, o Zenfone 2 (é, a numeração é meio maluca), chega no segundo semestre ao país. 
No entanto, o aparelho é consideravelmente mais parrudo do que seu antecessor em tudo; na verdade, ele é um top de linha que tem um preço mais baixo lá fora, cerca de US$ 200. Quando questionamos Marcelo Campos, diretor de marketing da Asus no Brasil, ele não pode dizer qual é o valor projetado para o produto no Brasil, mas adianta: o preço seguirá agressivo, mas o novo Zenfone é significativamente superior ao antigo. Provavelmente o aparelho não custará os mesmos R$ 600 da geração anterior. 
Em nossos testes com o aparelho na MWC, é possível perceber o que aconteceu para que o valor provavelmente suba. O smartphone ganhou um impulso em praticamente todas as especificações e, não satisfeito, ainda ganhou um design mais refinado. Existem dois modelos do Zenfone 2, mas apenas um deles será lançado no Brasil, que permitirá ao consumidor escolher entre a versão com memória RAM de 2 GB e 4 GB, além de tela Full HD e um processador mais poderoso da Intel, quad-core, de até 2,3 GHz, com 64 bits. Com as especificações lá em cima, que garantiram ao modelo o título de primeiro smartphone a usar 4 GB de memória RAM, é claro que ele oferece um desempenho de respeito para basicamente qualquer tipo de tarefa. Esteticamente, ele melhorou. As bordas ficaram menores, mas a tela aumentou para 5,5 polegadas. O tamanho total do aparelho, portanto, não mudou muito, o que faz toda a diferença na pegada. Além disso, a Asus abriu mão das laterais retas do aparelho em favor de uma traseira mais curva, o que o torna muito mais fino nos cantos, também deixando mais ergonômico o encaixe na mão. O material básico segue sendo o plástico, mas ele foi texturizado de uma maneira que fica parecendo alumínio escovado. 
 Por ter ficado mais fino, a Asus não teve mais espaço para colocar os botões nas laterais do dispositivo. Isso fez com que ela tomasse uma medida curiosa e seguisse o que a LG fez com o G2 e repetiu com o G3, que foi levar os botões de volume para a traseira do dispositivo, abaixo da câmera. Um problema que a Asus teve que contornar foi o fato de que também não havia espaço para o botão de liga/desliga, que acabou sendo transportado para o topo do aparelho, o que gera uma dificuldade de design: é muito difícil pressioná-lo com apenas uma mão, atrapalhando a tarefa de ativar a tela do celular, já que estamos falando de um smartphone com tela grande. A solução foi permitir que o usuário ative o display com alguns toques.Também vale destacar um recurso que permite selecionar o aplicativo que você quer abrir ainda com a tela desligada. Basta escrever uma letra na tela desativada com o seu dedo e o app será aberto. O recurso é personalizável e você pode escolher escrever um “C” para abrir a câmera, “F” para o Facebook e assim por diante. A câmera segue sendo um destaque positivo, principalmente pelo excelente desempenho com baixa luminosidade graças ao uso de software capaz de corrigir de forma bastante confiável até as cores mais escondidas devido à falta de luz. Na câmera frontal, os sensores foram melhoradas para captar “selfies” mais amplas, além de permitir com facilidade a criação de um timer para o disparo da fotografia.  A interface ZenUI segue quase idêntica à do Zenfone 5, com a diferença de utilizar alguns elementos do Material Design, identidade visual do Android 5.0 (Lollipop). No mais, a iconografia segue similar e todo o funcionamento continua igual. Ela é carregada de opções e configurações que às vezes pode chegar a incomodar, apesar de alguns detalhes elegantes, como a possibilidade de escolher a animação de transição de telas. * O jornalista viajou a Barcelona a convite da Microsoft.   Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/