Rio de Janeiro reforça combate ao narcoterrorismo: 81 presos, 64 mortos e 72 fuzis apreendidos

O Governo do Estado do Rio de Janeiro deflagrou nesta terça-feira (28/10) a Operação Contenção, apontada como a maior ação integrada de segurança em 15 anos. O foco são os complexos do Alemão e da Penha, com o objetivo de capturar lideranças e conter a expansão territorial do Comando Vermelho. Até agora, o balanço parcial registra 64 mortos (sendo 4 policiais), 81 presos, 72 fuzis apreendidos e drogas em contabilização.
A ofensiva reúne mais de 2,5 mil policiais das polícias Civil e Militar, após um ano de investigação e 60 dias de planejamento. As equipes cumprem centenas de mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos a partir de inquéritos da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com apoio do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O governo afirma que a operação atende às medidas fixadas pelo STF na ADPF 635, incluindo uso de câmeras corporais e ambulâncias de prontidão.
“Estamos atuando com força máxima e de forma integrada para deixar claro que quem exerce o poder é o Estado. Os verdadeiros donos desses territórios são os cidadãos de bem, trabalhadores. Seguiremos firmes na luta contra o crime organizado. O que estamos enfrentando não é mais crime comum, é narcoterrorismo. Os criminosos estão usando tecnologia de guerra: drones, bombas e armamentos pesados. Mas o Estado está preparado”, afirmou Cláudio Castro, governador, em coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
Participam efetivos do Comando de Operações Especiais (COE) e batalhões da capital e da Região Metropolitana, além de equipes da CORE e das delegacias especializadas da Polícia Civil. O aparato inclui 2 helicópteros, 32 blindados terrestres, drones, 12 veículos de demolição do Núcleo de Apoio às Operações Especiais da PM e ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate.
Segundo o governo, a política de segurança combina investigação, integração e investimento. Pelo terceiro ano seguido, os aportes superam R$ 16 bilhões na área, o maior volume em mais de uma década. “Os confrontos acontecem majoritariamente em áreas de mata. Todo o planejamento foi feito para proteger vidas, atuando fora das regiões urbanas e reduzindo o risco para a população”, disse Cláudio Castro.
O governador também defendeu articulação entre esferas de governo. “Essa guerra não é só do Rio, é do Brasil. Nenhum Estado consegue vencer sozinho. […] Precisamos de um pacto nacional pela segurança pública, com apoio de todas as instituições, inclusive das Forças Armadas”, completou Cláudio Castro.
A Operação Contenção segue em andamento. O balanço final de presos, apreensões e materiais recolhidos será divulgado ao término das ações.
Fonte: Diário do Rio
