Intoxicação por metanol: ‘É mais comum nos destilados, mas qualquer bebida pode ser fraudada’

Com três casos suspeitos de intoxicação por metanol em investigação em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) recomenda que a atenção seja redobrada com relação ao consumo de bebidas alcoólicas destiladas, como vodca, gin, cachaça e uísque, por causa do risco de adulteração com substâncias tóxicas.
“É mais comum nos destilados, mas qualquer bebida pode ser fraudada”, afirmou a diretora da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Karla Baêta, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco, da TV Globo, nesta quarta-feira (1º).
A SES informou, na terça-feira (30), que notificou três casos suspeitos de intoxicação por metanol em Pernambuco, dois no município de Lajedo e um em João Alfredo, ambas cidades localizadas no Agreste do estado. Segundo a secretaria, dois pacientes morreram e um perdeu a visão.
De acordo com Karla Baêta, ainda que não haja confirmação laboratorial nos casos investigados em Pernambuco, é preciso estar atento aos sinais de intoxicação que, inicialmente, se confundem com os de uma embriaguez comum, mas podem evoluir rapidamente.
“Nas primeiras horas, há sonolência, dor de cabeça, náusea e vômitos. Depois de seis horas, podem surgir sintomas neurológicos e visuais, como visão turva, convulsão e até cegueira temporária ou permanente”, disse a diretora da Apevisa.
