Responsáveis por falsificação de bebida que levou à morte de jovem em Salgueiro podem pegar até 30 anos de prisão, diz delegado

Durante a entrevista coletiva que concedeu nesta quinta-feira, 23, para tratar sobre os dois casos confirmados de intoxicação por metanol em Salgueiro, o delegado Tiago Callou disse que as investigações sobre o caso estão em andamento, com a escuta de testemunhas e outras ações da polícia judiciária. O objetivo é descobrir e punir os responsáveis pela adulteração e venda da bebida falsificada que resultou na morte de uma jovem de 25 anos na cidade.
“As oitivas seguem em andamento e, a depender dos indícios coletados, os envolvidos podem responder pelos crimes de falsificação e adulteração de substância ou produto alimentício, ou até mesmo por homicídio, com penas que podem variar de 16 a 30 anos”, destacou o delegado.
Segundo o laudo pericial, a jovem que morreu tinha 256 miligramas por decilitro de metanol no sangue, enquanto a irmã dela, que também passou mal, apresentava 66 mg/d de envenenamento. Internada no Hospital Regional de Salgueiro, a sobrevivente foi tratada com antídoto e recebeu alta sem sequelas, mas a irmã não poderia ser submetida ao tratamento com o antídoto devido ao alto nível de intoxicação. Ambas consumiram whisky antes de passarem mal.
Os dois casos confirmados em Salgueiro, com morte, entraram para as estatísticas das intoxicações por metanol em Pernambuco e no Brasil. O Estado agora soma cinco casos confirmados e três óbitos, enquanto o país tem 53 confirmações e 11 mortes. Em Pernambuco, os outros três casos foram atestados em Lajedo, com duas das vítimas evoluindo para a morte.
Da redação do Blog do Chico Gomes
